Ano eleitoral em toda cidade pequena é sempre a mesma coisa. Farpas e sedas são trocadas , hoje via rede social, e um coquetel literário é feito entre tropeços gramaticais, vamos popularizando a escrita e mantendo diálogos. Até aqui, tudo bem. Nada de tão grave se não fosse as palavras com tanto poder que elas tem, ferindo e dilacerando amizades e por que não dizer até laços familiares.
Nesta esteira de defesas e acusações por vezes se chaga ao mais baixo nível para se conquistar e/ou para se manter no "poder".O livro de Eclesiastes nos trás uma bela lição acerca disso."Tudo é passageiro nesta vida e tudo tem o seu tempo determinado,afirmou Salomão em um de seus mais belos Cânticos.Se assim é a vida, por que então nos vestimos de sentimentos tão egoístas e nos permitimos esquecer que do pó viemos e para lá vamos voltar?
A sociedade Capitalista que prioriza o "ter" em detrimento do "ser", nos condicionou a pensar como eles, para sermos como eles, mas, nosso desafio nesse tempo presente é romper com a saga insana do capital, onde tudo vira mercadoria, e esquecemos que somos humanos e que precisamos um do outro hoje ou amanhã.
Chaplim nos dizia que mais do que máquinas precisamos de humanidade, mas do que humanidade, precisamos de afeição e doçura. Que todas as arestas políticas partidárias sejam vencidas pelo amor que cobre multidão de pecados, inclusive, aquele que separa e divide e que possamos encontrar em nós a essência de ser quem sempre fomos, criaturas de Deus.
Por João Mattos
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