quinta-feira, fevereiro 25, 2016

Professores de Ponto Novo decidem manter paralisação por tempo indeterminado

Os professores de Ponto Novo decidiram na tarde desta quinta-feira (25) manter a paralisação e não iniciar as aulas na próxima segunda (29). Após reunião com equipe do Executivo Municipal os representantes da APLB regional e a coordenadora local estiveram no auditório do Centro Educacional repassando a proposta do Executivo para a categoria. De acordo com a Ata da reunião que aconteceu pela manhã, a proposta é de 4% retroativos a janeiro ou 5% sem retroação, a partir de março, ou seja, menores que os 6% lineares propostos anteriormente.
As discussões e os debates foram intensos, sempre direcionados pela srª Josete, que, por várias vezes, se disse assustada com a situação dos professores e da educação em geral no município de Ponto Novo. Durante essas discussões, várias irregularidades foram abordadas pelos professores e, agora, serão incluídas na pauta das manifestações que acontecerão durante a paralisação, e serão levadas para as ruas.


Os professores, que não recebem um centavo de reajuste há mais de dois anos, não aceitaram a proposta e, por unanimidade, decidiram não voltar ao trabalho, até que as contas sejam abertas e que o Executivo prove onde está gastando todos os recursos do Fundeb, e mostre os reais motivos que justifiquem sua atitude em não conceder um reajuste maior. Se ele abrir as contas e provar que não pode, os profissionais estarão dispostos a, juntos, buscar outra solução e voltar ao trabalho.

A partir de agora, o Ministério Público será notificado para tomar ciência do posicionamento da categoria e do Executivo, na tentativa de que entre na discussão e participe das negociações, inclusive, tendo acesso às contas e folha de pagamento, para que uma análise detalhada seja feita.

De acordo com o que foi decidido nesta tarde, os professores se reunirão todos os dias, nos dois turnos, em frente à sede da APLB e, de lá, sairão em passeata e permanecerão na Praça do Comércio, aonde estarão mostrando a realidade da classe aos pais, alunos e demais interessados. Debates, discussões e manifestações estão previstos para acontecer a partir da próxima segunda-feira. Os pais não devem levar ou permitir que seus filhos vão à escola, porque, não haverá aula até que Executivo e professores entrem em um acordo. No entanto, a classe garante que está disposta a repor as aulas.

A discussão agora é a seguinte: nada de 3%, 4% ou 5%. Segundo Josete, prefeituras de cidades menores estão pagando 11,36% referentes ao aumento do piso para todos os níveis. Sendo assim, ou a Prefeitura de Ponto Novo paga 11,36% de reajuste, ou prova que não pode pagar, abrindo as contas para análise detalhada por profissionais, ou a greve continuará.

A situação da educação de Ponto Novo é vexatória. Se faz necessário, urgentemente, uma intervenção da Justiça em favor dos professores, porque todos os recursos que entram mensalmente, são gastos e ninguém sabe como isso acontece. Só justificam que não têm recursos, culpam a crise, mas agora terão que provar, ou dar o mesmo reajuste do Piso.
Fonte:Portal Ponto Novo

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