sexta-feira, março 04, 2016

Dengue avança em área com principais instalações olímpicas do Rio

Considerada o coração dos Jogos Olímpicos por abrigar os principais equipamentos da competição, a área da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá, zona oeste do Rio, registrou uma explosão dos casos de dengue no início do ano.

A incidência da doença aumentou 600% no acumulado de janeiro e fevereiro deste ano na comparação com igual período de 2015 –o número de casos subiu de 47 para 329.O crescimento da região foi o maior das dez áreas monitoradas pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio e superou o aumento na cidade (332%) e no Estado (150%).


A chamada Área de Planejamento 4.0 inclui 19 bairros como Barra, Jacarepaguá e Recreio e tem 909 mil habitantes, a segunda maior do Rio. A quantidade de casos superou a de maior concentração populacional –a AP 3.3 (Irajá, Madureira e Marechal Hermes, na zona norte) teve 209 casos, alta de 435%.

Na AP 4.0, Barra (44 casos da doença), Jacarepaguá (32) e Recreio (47) reúnem a maior quantidade de diagnósticos.

O Parque Olímpico, erguido na fronteira da Barra com Jacarepaguá, abrigará 16 modalidades, entre natação, nado sincronizado e basquete.

A Vila Olímpica, que vai receber cerca de 15 mil atletas, é vizinha do parque.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), argumenta que, historicamente, o número de casos é mais baixo em agosto, mês da disputa dos Jogos. No inverno, de fato, a incidência do mosquito costuma ser menor.

A região, contudo, abrigará ao menos três eventos-teste neste mês: nado sincronizado, judô e golfe. O Comitê da Rio-2016 distribui repelente às delegações.
ZIKA

O Aedes aegypti também transmite o vírus da zika, que estaria associado ao surto de bebês com microcefalia no país e que tem alarmado a comunidade internacional.

A Secretaria Municipal de Saúde não divide os casos de zika por área da cidade. Até 18 de fevereiro, data do último balanço, o município contava 6.579 casos da doença.

No dia 2 de fevereiro, o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, afirmou que a Barra não era a região favorita do mosquito da dengue. Os números da pasta, contudo, contrariam a versão. A região foi a única a registrar morte pelo tipo mais grave de dengue, a hemorrágica, em 2015.

A Folha esteve na Unidade de Pronto Atendimento da Barra e viu ao menos cinco pessoas deixaram o local com suspeitas de dengue ou zika.

Uma delas era o montador José Kelson de França Souza, 27, que trabalha justamente nas obras do Parque Olímpico. Natural de São Paulo e morando em Jacarepaguá há dois meses, presta serviço à empresa italiana de construção de piscinas Myrthar Pools.

Teve febre, dor no corpo e manchas na pele. "O médico disse que era dengue ou zika", disse. Recebeu a orientação de tomar dipirona e o medicamento Histamin, para urticárias dermatológicas.

A mesma orientação e diagnóstico receberam a diarista Maria Lúcia de Araújo, 60, e a dona de casa Shirley Rangel, 42, moradoras da região.

*

600% foi o quanto aumentou o número de casos de dengue na área das principais instalações olímpicas do Rio nos dois primeiros meses deste ano em comparação com igual período de 2015.332% foi o quanto aumentaram os casos da doença em toda a cidade.
Fonte: ZIKA

O Aedes aegypti também transmite o vírus da zika, que estaria associado ao surto de bebês com microcefalia no país e que tem alarmado a comunidade internacional.

A Secretaria Municipal de Saúde não divide os casos de zika por área da cidade. Até 18 de fevereiro, data do último balanço, o município contava 6.579 casos da doença.

No dia 2 de fevereiro, o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, afirmou que a Barra não era a região favorita do mosquito da dengue. Os números da pasta, contudo, contrariam a versão. A região foi a única a registrar morte pelo tipo mais grave de dengue, a hemorrágica, em 2015.

A Folha esteve na Unidade de Pronto Atendimento da Barra e viu ao menos cinco pessoas deixaram o local com suspeitas de dengue ou zika.

Uma delas era o montador José Kelson de França Souza, 27, que trabalha justamente nas obras do Parque Olímpico. Natural de São Paulo e morando em Jacarepaguá há dois meses, presta serviço à empresa italiana de construção de piscinas Myrthar Pools.

Teve febre, dor no corpo e manchas na pele. "O médico disse que era dengue ou zika", disse. Recebeu a orientação de tomar dipirona e o medicamento Histamin, para urticárias dermatológicas.

A mesma orientação e diagnóstico receberam a diarista Maria Lúcia de Araújo, 60, e a dona de casa Shirley Rangel, 42, moradoras da região.

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600% foi o quanto aumentou o número de casos de dengue na área das principais instalações olímpicas do Rio nos dois primeiros meses deste ano em comparação com igual período de 2015

332% foi o quanto aumentaram os casos da doença em toda a cidade

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