LAGOA DE CALDEIRÃO GRANDE |
Nos caldeirões de pedras
Uma cidade se originou
Caldeirão Grande, terra
vermelha.
Os filhos que aqui moram
De muitos nos fazem lembrar
As famílias bezerra,correia e
brasileiro
Nossas terras vieram comprar.
Na fazenda Boqueirão
Onde tudo começou
No 25 de abril
Esta terra se emancipou.
No cenário nacional
Desponta como a terra do
licuri
Fruta do semi-árido
Foi sobrevivência de muitos
aqui.
Teu povo muito sabe contar
As histórias da nossa gente
Entre risos e alegrias
Sonhos por vezes,
descontentes.
Na aurora dos 25 de abril
Cidade se tornou
Caldeirão grande, cidade
querida.
Minha terra, meu amor.
Hoje longe, muito longe.
Outros estão lembrar
Da caatinga rala
Que vidas vêm despojar.
Aqui não se ouve mais
Procissões de latas,
E brincadeiras de rodas
Apenas fotografias e
lembranças
A tradição nos faz voltar.
Salve, Salve o progresso.
Nas ruas, praças e avenidas.
Nos vestidos de chita,
Rasgados pela moda
Que sufoca
E o que já foi traz de volta.
Água, luz e telefone.
Aqui também chegaram
É o homem trazendo o progresso
E eu, poeta, contando em
versos.
Vista de forma singular e
plural
Poetas exaltam e enobrecem a
terra
Registram vultos e histórias
Que aqui serão eternas.
Viva as mulheres:
Tia Bebé e Tia Zinha
Eliane e Nalvinha
Alaíde e Glorinha
Marinalva e Lelinha
Tidú e as Marias...
Espelhos de vida,
Força e alegria.
Da alegria e da saudade
Da lagoa e do novo amanhecer
Das águas e do Zabelê
Das Populares e da Esperança
Do Pó a 25 de Abril
Caldeirão, quem ti viu
Não és mais a mesma de outras
mil.
Encerro os meus versos
Sabendo que outros virão
Num tempo bem próximo,
Salve, salve, Caldeirão
Terra da minha paixão...
Por João Mattos
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