quinta-feira, janeiro 21, 2016

PM solta bombas após manifestantes tentarem furar bloqueio em protesto


A Polícia Militar soltou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha após um grupo de integrantes do MPL (Movimento Passe Livre) tentar furar o bloqueio feito por policiais na praça da República durante no 5º ato contra o aumento da passagem do transporte público, nesta quinta-feira (21). Dez pessoas foram atendidas com ferimentos pelo Gapp (Grupo de Apoio a Protesto Popular). O fotógrafo da Folha Abner Prado foi atingido por uma bala de borracha na perna.Black blocs começaram a atear fogos em sacos de lixos pela cidade. A maioria dos manifestantes se dispersou após as bombas.


O clima já estava tenso desde a concentração no terminal Parque Dom Pedro 2º, quando houve uma discussão sobre o trajeto. Por volta das 20h30, uma bomba foi solta pela polícia, porque um manifestante teria soltada uma pedra contra PMs na rua Líbero Badaró. 

O MPL divulgou seu trajeto por volta das 15h (horário de Brasília) em uma de suas páginas no Facebook, com a concentração prevista para o terminal de ônibus do parque Dom Pedro 2º, no centro de São Paulo, às 17h. O caminho proposto pelo grupo previa a concentração no terminal de ônibus, para sair rumo ao Viaduto do Chá, Câmara Municipal e avenida 23 de Maio. O fim do ato seria na sede da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo). 

Por volta das 16h, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) de São Paulo enviou nota à imprensa informando que o caminho proposto pelo MPL não seria possível por causa de outro protesto, de motoristas de vans escolares, que também passaria pelo Viaduto do Chá, Câmara Municipal e avenida 23 de Maio. Segundo a SSP, o "trajeto possível" seria do parque Dom Pedro 2º até a praça da República.

Durante a concentração para o protesto, integrantes do MPL convocaram votação entre os manifestantes para decidir sobre o trajeto. A rota proposta pelo movimento venceu. A proposta da PM recebeu apenas um voto. Outras duas também foram colocadas em pauta: seguir rumo ao Tatuapé pela avenida Radial Leste ou apenas ocupar o parque Dom Pedro 2º. 

"Não podemos deixar a cidade refém dos manifestantes", disse o tenente-coronel da PM André Luiz Oliveira, um dos responsáveis pelo policiamento da manifestação desta quinta, minutos antes da assembleia. Segundo Oliveira, a antecedência ideal para aviso sobre o trajeto de protestos é de 24 horas. Na terça-feira, o MPL anunciou os trajetos de seus dois atos do dia em post no Facebook publicado por volta das 11h. 

5º ato

Este foi o 5º grande protesto contra o reajuste das tarifas de ônibus, metrô e trem em São Paulo, que entrou em vigor no último dia 9. O bilhete unitário passou de R$ 3,50 para 3,80, um aumento percentual de 8,67%.

No primeiro grande protesto da sexta-feira (8) houve confronto entre black blocs e policiais militares. O segundo, da terça-feira (12), foi marcado por cenas de repressão policial. Na quinta-feira (14) e terça-feira (19), não houve violência durante as duas passeatas realizadas. Na quinta, saindo da avenida Paulista, uma passeata seguiu para o centro e outro para zona oeste da capital paulista. Houve um tumulto após o fim do protesto já na dispersão da passeata da avenida Paulista, quando oito pessoas foram presas sob acusação de vandalismo na estação do metrô Consolação.

Na última terça, o ato foi na esquina das avenidas Rebouças e Faria Lima e duas passeatas para caminhos opostos: Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi, e para a sede da Prefeitura de São Paulo, no centro da cidade.
Fonte:http://noticias.uol.com.br
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