sexta-feira, janeiro 08, 2016

Lama da Samarco causa prejuízos de R$ 70 milhões em Linhares, ES

A prefeitura de Linhares, na região Norte do Espírito Santo, um prejuízo de R$ 70 milhões decorrentes da chegada da lama de rejeitos de minério da Samarco, cujos donos são a Vale a anglo-australiana BHP Billiton. Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Rodrigo Panetto, a perda foi calculada somente até o fim do verão de 2016 e inclui setores como turismo e agricultura.
Panetto explicou que quando a represa estourou, Linhares estava prestes a inaugurar um segundo ponto de captação de água no Rio Doce. O investimento foi de aproximadamente R$ 5 milhões. Além disso, a lama de rejeitos de minério inviabilizou a irrigação de produções agrícolas. Rodrigo também destaca os impactos no turismo e na extração de areia do Rio Doce, importante atividade econômica do município.
A forma de ressarcimento desses prejuízos deve ser estabelecida dentro de uma ação judicial que o município já moveu contra a Samarco, de acordo com o secretário. Panetto disse ainda que Linhares chegou ao valor estimado por meio de um estudo envolvendo diversos órgãos.
“Um relatório preliminar que foi levantado pelas Secretarias de Planejamento, de Desenvolvimento, de Meio Ambiente e de Agricultura apresentava um impacto de aproximadamente R$ 70 milhões na economia”, disse o secretário em entrevista a Rádio CBN Vitória.

O secretário lamentou que, após dois meses do rompimento da barragem da mineradora em Mariana, Minas Gerais, o litoral do Espírito Santo ainda sofra com a chegada da lama de rejeitos de minério pelo Rio Doce.

A Samarco foi questionada pela reportagem se o vazamento de resíduos foi interrompido em Mariana, de acordo com determinação da Justiça Federal de Minas Gerais. Por meio de nota, a assessoria da empresa respondeu que a mineradora “foi notificada da decisão, está analisando o documento e responderá à Justiça no prazo determinado.”
Interdição de praias
Nesta semana, a prefeitura de Linhares interditou mais três praias no município. As de Barra Seca, Degredo e Pontal do Ipiranga. De acordo com Rodrigo Panetto, com essas interdições, todo o litoral do município está impróprio para atividades de contato direto com a água.
A expectativa da administração municipal é que, até o fim de semana, haja alteração do vento, o que deve levar a pluma de lama em direção ao sul, permitindo que sejam retiradas as interdições das praias de Barra Seca, Degredo e Pontal do Ipiranga. A lama de rejeitos de minério chegou ao litoral de Linhares no dia 21 de novembro de 2015, 16 dias após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais.
Fonte:http://g1.globo.com

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