Homem carrega caixão de Emanuele, 5, vítima da tragédia. / RICARDO MORAES (REUTER |
Entre gritos de dor e desespero moradores de Mariana, assistiram ao vivo em cores os seus sonhos, histórias e vidas desapareceram sob a avalanche de Lama gerada em Minas Gerais pelo rompimento de duas barragens da mineradora Samarco, controlada pela Vale e a australiana BHP, causando danos ambientais imensuráveis e irreversíveis, deixando a população daquele lugar a mercê .
O mau cheiro invadiu a cidade e a lama ganhou e vem ganhando proporções desastrosas por onde tem passado.Ela pavimentou os mais de 500 km por onde passou devastando, com impacto ainda difícil de calcular completamente para grande parte do ecossistema da região. “Podemos dizer que 80% do que foi danificado lá é perda, não há como pensar em um plano de recuperação ambiental”, explica Marcus Vinícius Polignano, coordenador do Projeto Manuelzão.
Sim , e os moradores daquele lugar, sem casas, sem comida, sem roupas, sem o aconchego do seu lar,abrigados hoje em estádios e igrejas locais? A televisão não mostra o desespero e as condições reais que as famílias vitimadas estão sofrendo sem onde poder se quer recostar sua cabeça e e ainda mais carregando em seus ombros a incerteza do que virá e o pesadelo que viveram.
Os governos precisam cobrar da mineradora Samarco, controlada pela Vale e a australiana BHPr urgência no que diz respeito às famílias vitimadas pelo maior desastre ambiental em Minas Gerais. Alguém tem que pagar por isso. Sabemos que é uma multinacional que está como vilã nessa história toda, talvez por isso não se mostre com tanta clareza os estragos causados pela mesma. A televisão não mostrou a dor dos pais, mães, filhos e filhas, dos seres humanos que ali vivem e que perderam não apenas suas casas,mas sua história.O poeta em versos cantou:
Neste solo plantei sementes
Que germinou, cresceu
E fez amar este chão
De tantas histórias,
Tantas glorias,
De homens fortes,
Bravos, nobres
De tantos versos;
Solo fértil
Montanhas,
Belas paisagens
Que encanta cada olhar
Que nele fica olhar.
Assim é Minas Gerais.
Ataíde Lemos
O prefeito de Mariana, Duarte Júnior, pretende reivindicar para o município os R$ 250 milhões decorrentes da multa aplicada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) à Samarco. O chefe do Executivo municipal se mostrou favorável à punição, entretanto ponderou que o valor deve ir para os cofres da União, o que não é justo com as pessoas afetadas pela tragédia. "Eu percebi que o governo federal vai procurar a sua parte na indenização. O município vai lutar muito pelas famílias afetadas. As pessoas aqui me cobram uma resposta para quem foi que foi drasticamente afetado", disse.Como assim para a UNIÃO?
Mas vergonha na cara para esses políticos corruptos que tem um cofre no lugar do coração. São vidas que estão ali.Coloquem-se no lugar deles e ao invés de desviarem a cada minuto o dinheiro público para os seus cofres e paraísos fiscais,respeitem a dor e o desespero daqueles que de um dia para o outro vivem como se nada tivesse construído até aqui.
Brasil, povo, não vamos nos calar e deixar Mariana e Minas Gerais sem voz e vez nesse país onde a corrupção impera e tentam nos calar com futebol e carnaval.
#Eunãoaceitoisso
#PelaPazemMariana
#JustiçaHoje
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