Manifestantes contrários ao governo do presidente em exercício, Michel Temer, protestam na Avenida Paulista, na região central de São Paulo, nesta sexta-feira (10). O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também participa do ato.
Quatro quarteirões são ocupados pelos manifestantes. A via foi totalmente interditada na altura do Museu de Arte de São Paulo (Masp), e os manifestantes se espalham no sentido Consolação até a Alameda Ministro Rocha Azevedo e, no sentido Paraíso, eles bloqueiam desde a Consolação até a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp).
Os organizadores do evento, Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo, anunciaram pelo alto-falante que 100 mil pessoas participam do protesto. Segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o protesto começou com 70 mil pessoas e, depois, às 20h30, passou a 100 mil manifestantes na Avenida Paulista. A Polícia Militar disse que divulgará a estimativa de público apenas após o término do ato.
Durante o discurso que durou 36 minutos, Lula pediu para Temer devolver a presidência a Dilma Rousseff. "Você é um advogado, você sabe que você não agiu corretamente assumindo a presidência", afirmou.
Lula também fez críticas à política internacional do atual governo e falou sobre a possibilidade de se candidatar às eleições presidenciais em 2018. "Eles querem execrar minha imagem para eu não ser candidato a presidente. Quanto mais me provocarem, mais eu corro o risco de ser candidato a presidente", disse Lula.
O ato teve show do cantor Chico César. O palco foi montado no mesmo local onde foi realizado o ato contra o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, antes da votação na Câmara dos Deputados.
Os manifestantes exibiam cartazes com palavras de ordem, como "Fora Temer, volta Dilma" , "Fora Temer, não ao golpe", "Nenhum direito a menos".
Rui Falcão, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), disse que não há conciliação com governo ilegítimo.
Fonte:Globo.com
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