quinta-feira, fevereiro 25, 2016

Astrônomos apresentam 'mais completo mapa' da Via Láctea, feito com supertelescópio chileno

Uma equipe internacional de astrônomos apresentaram o mais completo mapa já feito da Via Láctea, a galáxia a que pertencemos. O mapeamento inclui as imensas nuvens de gases densos e frios responsáveis pela formação de estrelas.Para isso, os cientistas usaram o telescópio Apex, que fica no Chile, a uma altitude de 5.100 m, que conseguiu ampliar em quase quatro vezes os "retratos" existentes da Via Láctea.


O telescópio vasculhou o céu do Hemisfério Sul usando radiação com frequência intermediária entre ondas de rádio e infravermelhas. Acoplado ao instrumento estava um termômetro ligado a quase 300 sensores, mantidos a uma temperatura próxima ao zero absoluto (-273 graus Celsius), que ajuda a detectar variações de temperatura no céu.O Apex tem 12 metros de comprimento e opera no Planalto de Chajnantor há 10 anos.O novo mapa foi batizado de Atlasgal e já deu origem a mais de 70 trabalhos científicos. Dados sobre as observações começaram a ser divulgados em 2009, e o novo mapa, além de maior que os anteriores, também é mais preciso.
"O Atlasgal oferece pistas de onde a nova geração de estrelas e aglomerados de gases vão se formar", disse Timea Csengeri, do Instituto Max Planck para Radioastronomia, na Alemanha.O mapeamento complementa dados da Via Láctea vista do Hemisfério Norte. Mas a vista do sul é de interesse particular para os astrônomos porque inclui o centro da galáxia.Isso também significa que as chamadas "regiões promissoras" do mapa podem ser investigadas mais profundamente pelo Alma, um conjunto de 66 antenas instaladas no mesmo planalto do Apex.

A equipe do Atlasgal combinou suas observações com medidas feitas por dois telescópios: o Planck, da Agência Espacial Europeia (ESA), e o Spitzer, do equivalente americano, a Nasa, ambos em órbita da Terra. Essas três diferentes camadas foram superpostas em uma imagem completa e que pode ser baixada do site da Agência ESA.Na imagem, os dados obtidos pelo Atlasgal estão em vermelho mais escuro, os do Planck em vermelho mais claro e os do Spitzer em azul."O Atlasgal nos permitiu observar de uma forma nova a densidade interestelar de nossa galáxia", diz Leonardo Testi, astrônomo do European Southern Observatory."Esse novo mapeamento abre a possibilidade de estudarmos os dados para novas descobertas".
Fonte:http://noticias.uol.com.br

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