O período de adaptação na Educação Infantil (clique aqui para ler) é muito delicado e exige muita dedicação e empenho da equipe gestora e, principalmente, do professor. Mas, depois de alguns dias, as crianças já estão mais tranquilas. Quando isso acontece, será que é hora de colocar em prática os planejamentos de cada área?
Vamos com calma! Primeiramente, é preciso conhecer bem os pequenos, construir um vínculo e estabelecer uma rotina com eles. Só assim será possível realizar um diagnóstico para, com base nele, elaborar os projetos, as sequências de atividades e as atividades permanentes.O coordenador pedagógico deve subsidiar os professores nessas etapas inicias. Para auxiliá-los, elaborei algumas orientações didáticas à equipe docente que julgo ser fundamentais.
Vínculos
Interagir com crianças é sempre muito fácil. Elas costumam ser muito receptivas com o adulto que dá atenção, conversa e brinca com elas. Por isso, o professor deve sempre pensar em propostas que despertem o interesse dos pequenos.
Também vale dar alguns lembretes básicos na hora de se comunicar com eles: abaixar-se para conversar, falar baixo e com clareza quando se dirigir ao grupo, ouvir e prestar atenção no que cada criança conta. Organizar a sala com cantos de atividades (clique aqui para ler) é a melhor maneira de se aproximar dos pequenos, entrar no clima da brincadeira e conquistar a turma.
Rotina
Saber o que vai acontecer em cada momento é muito estruturante para as crianças, pois gera segurança e autonomia. Se seguirmos uma rotina diária, rapidamente elas aprenderão que depois dos cantos vem a roda de conversa, em seguida uma atividade coletiva de Arte e na sequência o momento do parque.
É importante o professor verbalizar o que vai acontecer e fazer uma transição tranquila de uma atividade para outra. Por exemplo, quando a maior parte dos cantos já está arrumada, é possível continuar orientando os pequenos a guardar tudo ao mesmo tempo em que já inicia uma conversa naturalmente, sem impor que todos devem se sentar. Esse é, inclusive, um bom momento para compartilhar o que vai acontecer ao longo do dia. É possível pedir para as próprias crianças ajudarem a lembrar de qual é a sequência das atividades.
Propostas para as primeiras semanas de aula
O propósito desse período é inserir os pequenos nos fazeres da escola e incentivar a interação entre eles. São muitas as propostas interessantes que o professor pode fazer considerando as características e faixa etária de cada turma. Abaixo, sugiro algumas atividades para turmas de 2 a 5 anos:
Desenho coletivo com giz de cera no papel Kraft, várias folhas emendadas para que todas as crianças tenham um bom espaço, fixado no chão ou na parede.
Fazer pintura coletiva, utilizando as mãozinhas, com tinta guache misturada com água e farinha de trigo diretamente no tampo das mesinhas, caso elas sejam de fórmica.
No tanque de areia, distribuir baldinhos e pás suficientes para cada uma das crianças. A ideia é que elas brinquem de fazer bolos. O professor também deve entrar na brincadeira.
Coletar folhas e gravetos do chão, no parque ou na área verde para elaborar produções artísticas diretamente no gramado ou no chão cimentado.
Colocar imagens de animais dentro de uma caixa e dar pistas para as crianças adivinharem qual bicho será exibido. Na sequência, propor a brincadeira de im itá-los.
Brincar de roda, ciranda, corre cutia (clique aqui para ver como brincar), siga o mestre, entre outras possibilidades.
Fazer um circuito utilizando mesinhas, tatame, cordas e bambolês. Pedir que as crianças criem movimentos passando engatinhando embaixo das mesas, rolando no tatame e andando sobre a cordas estendida no chão, ou outras possibilidades que os materiais disponíveis permitirem.
Contar histórias utilizando fantoches ou outros acessórios, como bonecos e brinquedos.
Colocar música infantil e ensinar uma coreografia.
São inúmeras as atividades e brincadeiras prazerosas que possibilitam a integração das crianças na rotina escolar e permitem muita aprendizagem. Certamente, esses devem ser o foco no início de ano.
Um abraço, Leninha.
Fonte :Nova Escola
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